Neste domingo (07), a Polícia Militar do Rio de Janeiro, com o apoio da Guarda Municipal, realizou uma operação de desocupação em um prédio localizado no Centro da cidade. Durante a ação, foram utilizados gás lacrimogêneo e spray de pimenta para retirar cerca de 120 famílias que ocupavam o edifício, coordenadas pelo Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB). O movimento alega que o imóvel pertence à Secretaria de Patrimônio da União e está abandonado há mais de 15 anos.
Imagens divulgadas pelo MLB mostram os ocupantes organizando o espaço para abrigar crianças e famílias antes da chegada das forças policiais. A prefeitura justificou a desocupação afirmando que o local será transformado em um Centro Cultural dedicado à diáspora africana no Brasil. No entanto, a operação gerou polêmica, especialmente após denúncias de agressões contra parlamentares que tentavam intervir na ação.
Os deputados Tarcísio Mota e Professor Josemar, ambos do PSOL, relataram ter sido agredidos por agentes da Guarda Municipal durante a operação. O prefeito Eduardo Paes defendeu a ação policial, classificando a ocupação como irregular e elogiando o cumprimento da lei. A Secretaria do Patrimônio da União confirmou que parte do imóvel é da União, mas destacou que a área destinada ao centro cultural é de propriedade privada, complicando ainda mais a situação.