Neste domingo (7), os países que compõem a Opep+ se reúnem para deliberar sobre as metas de produção de petróleo para o mês de outubro. O grupo, que inclui nações como Arábia Saudita e Rússia, deve anunciar um aumento de cerca de 0,55 milhão de barris por dia, seguindo a tendência de expansão observada nos últimos meses. Essa medida, se confirmada, resultará em um aumento acumulado superior a 3,0 milhões de barris por dia desde abril, revertendo cortes voluntários implementados no ano passado.
Os analistas do Santander destacam que essa decisão reflete uma confiança na demanda global por petróleo, apesar da produção excessiva por alguns países e da concorrência com produtores fora do cartel. Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita estão no centro das negociações, com os primeiros solicitando cotas maiores devido ao aumento de sua capacidade produtiva. Mesmo com um aumento oficial desde abril, o preço do Brent permanece próximo a 70 dólares por barril, sustentado por sanções contra Rússia e Irã e pela produção real ainda abaixo das expectativas.
As projeções do Santander indicam que, caso todos os aumentos sejam implementados, a oferta mundial poderá superar a demanda em até 600 mil barris por dia no último trimestre deste ano. No entanto, a instituição acredita que o controle da produção pela Opep+ e a estabilidade nas exportações devem manter os preços do Brent entre US$ 65 e US$ 70 nos próximos meses. Qualquer queda acentuada nos preços dependerá de um aumento real da produção, que ainda não se concretizou.