A Associação Brasileira da Indústria de Pescados (Abipesca) pediu ao Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR) que os frutos do mar brasileiros sejam excluídos da investigação sob a Seção 301, durante uma audiência pública realizada em Washington na quarta-feira (3). O diretor executivo da Abipesca, Jairo Gund, apresentou sua defesa, argumentando que a investigação não tem relação com os pescados e que a imposição de tarifas prejudicaria tanto o comércio bilateral quanto os consumidores americanos.
Gund destacou que os pescados brasileiros, como tilápia, lagosta e atum, são produzidos em sistemas tecnológicos avançados e atendem a rigorosos requisitos sanitários exigidos pelos EUA. Ele alertou que o aumento das tarifas resultaria em preços mais altos para os consumidores americanos, que teriam acesso apenas a alternativas de qualidade inferior. A Abipesca também mencionou o Código Florestal Brasileiro como uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo, enfatizando as políticas de gestão pesqueira e combate à pesca ilegal.
Além da manifestação oral, a Abipesca já havia enviado uma manifestação escrita ao USTR em 15 de agosto e poderá apresentar uma nova manifestação na próxima semana. A associação busca garantir que os pescados brasileiros continuem a ser competitivos no mercado americano, ressaltando a importância do setor para o comércio bilateral e a qualidade dos produtos oferecidos pelo Brasil.