Ministros britânicos estão sob pressão para digitalizar registros de adoção, fundamentais para a reunificação de famílias separadas pelo escândalo das casas de mães solteiras. A urgência dessa demanda é destacada durante a exibição do programa ‘Long Lost Family’, que ilustra as histórias de pessoas afetadas por essas separações forçadas. Entre as décadas de 1940 e 1980, centenas de milhares de mulheres britânicas foram coagidas a entregar seus bebês em instituições ligadas à igreja, que colaboravam com agências estatais.
Ativistas expressam preocupação com a reorganização do governo local proposta por Angela Rayner, temendo que isso possa levar à perda irreparável desses registros vitais. A digitalização é vista como uma solução necessária para garantir que as histórias dessas famílias não sejam esquecidas e que os indivíduos possam encontrar seus entes queridos. A preservação dos arquivos é crucial não apenas para a reunificação, mas também para o reconhecimento dos traumas enfrentados por essas mulheres ao longo das décadas.
As implicações dessa questão vão além da mera digitalização; trata-se de um reconhecimento histórico das injustiças cometidas contra mulheres e crianças. A pressão sobre os ministros reflete uma crescente conscientização sobre os direitos das famílias afetadas e a necessidade de reparação. Com o apoio da sociedade civil, espera-se que essa iniciativa leve a mudanças significativas nas políticas de adoção e proteção infantil no Reino Unido.