Uma revisão de estudos publicada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) aponta que as mudanças climáticas têm contribuído para um aumento significativo nas doenças respiratórias entre crianças. A pesquisa, realizada por especialistas da Universidade Federal do Pampa e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), destaca que o risco é especialmente elevado em dias quentes e poluídos, afetando principalmente crianças asmáticas, mas também aquelas saudáveis.
O estudo revela que a industrialização e eventos climáticos extremos têm exacerbado a incidência de doenças alérgicas e infecções respiratórias. A elevação das temperaturas e a poluição do ar agravam a inflamação nas vias respiratórias, comprometendo o desenvolvimento pleno da função pulmonar das crianças. Além disso, ambientes afetados por inundações podem favorecer o surgimento de mofo e umidade, aumentando ainda mais os riscos à saúde infantil.
As implicações desse cenário são alarmantes, pois a exposição a poluentes pode prejudicar a capacidade pulmonar das crianças, tornando-as mais suscetíveis a danos futuros. A situação exige uma resposta imediata das autoridades de saúde e políticas públicas eficazes para mitigar os efeitos das mudanças climáticas na saúde infantil, garantindo um futuro mais saudável para as próximas gerações.