A brasileira Marina Lacerda, que foi vítima dos abusos do financista Jeffrey Epstein, falou publicamente pela primeira vez na quarta-feira (4/9) sobre as investidas que sofreu desde os 14 anos. Durante uma coletiva de imprensa no Capitólio, em Washington, ela se juntou a outras vítimas para solicitar ao Congresso dos EUA a aprovação de uma lei que exija a divulgação de todos os documentos da investigação relacionada ao caso Epstein. Com 37 anos, Marina decidiu expor seu caso, revelando que seu nome está nos arquivos confiscados da propriedade de Epstein.
Marina relatou que Epstein a forçou a ter relações sexuais com ele durante as visitas que fez ao longo dos anos. Ela descreveu sua experiência como uma transição de um emprego dos sonhos para um pesadelo, após ser incentivada por uma amiga a trabalhar como massagista para um homem mais velho, onde poderia ganhar US$ 300. “Nunca pensei que me encontraria aqui”, disse ela, enfatizando a importância de ser ouvida e de que as autoridades finalmente se importem com as histórias das vítimas.
As declarações de Marina Lacerda não apenas trazem à tona os horrores vividos por ela e outras mulheres aliciadas por Epstein, mas também destacam a necessidade urgente de reformas legais para garantir que casos como o dela não sejam esquecidos. A pressão para a divulgação dos documentos pode levar a novas investigações e responsabilizações, refletindo um movimento crescente contra a impunidade em casos de abuso sexual.