Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmaram que não existem provas que comprovem sua participação na tentativa de golpe de estado no Brasil em 2023. Durante uma coletiva após a sessão de julgamento na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), os defensores Celso Vilardi e Paulo Amador da Cunha Bueno destacaram que a defesa se baseia na ausência de ligações entre Bolsonaro e os eventos de 8 de janeiro. Vilardi enfatizou que a única reunião registrada foi em 7 de dezembro, a qual, segundo ele, não pode ser considerada uma tentativa armada contra o estado democrático de direito.
Os advogados criticaram o Ministério Público por suas alegações contraditórias e afirmaram que a acusação carece de fundamentos sólidos. Vilardi argumentou que medidas constitucionais não aplicadas não podem resultar em uma condenação tão severa quanto 30 anos de prisão. Além disso, Bueno ressaltou que não há documentos que provem a intenção de Bolsonaro em promover ações antidemocráticas, considerando as acusações como uma narrativa fantasiosa.
Os defensores informaram que se reunirão com Bolsonaro ainda hoje, ressaltando que o ex-presidente enfrenta problemas de saúde, incluindo crises de soluço. Quando questionado sobre a possibilidade de Bolsonaro acompanhar o julgamento na próxima semana, Bueno indicou que a orientação médica atual é para que ele permaneça em casa, evitando estresse durante este período delicado.