A Polícia Federal (PF) cumpriu, nesta quarta-feira, 3 de setembro de 2025, 13 mandados de busca e apreensão contra o prefeito de Macapá, Antônio Furlan (MDB), em uma investigação sobre desvios de recursos públicos e lavagem de dinheiro. As operações ocorreram na capital amapaense e em Belém, Pará, e estão relacionadas a irregularidades encontradas em licitações para hospitais e construções públicas. Segundo as autoridades, Furlan integrou uma organização criminosa que envolveu agentes públicos e empresários que supervalorizaram obras para desviar recursos.
O principal foco da investigação é a licitação para a construção do Hospital Geral Municipal de Macapá (HGMM), orçada em R$ 69,3 milhões. Este local foi recentemente palco de uma agressão física do prefeito contra um jornalista que questionou a demora na entrega da obra. Além disso, a PF investiga desvios na Secretaria Municipal de Saúde de Macapá, incluindo um suposto saque de R$ 9 milhões por um dos envolvidos. O Jornal Opção tentou contato com a prefeitura para obter um posicionamento oficial, mas não obteve resposta até o momento.
As consequências dessa operação podem ser significativas para a administração municipal e levantam preocupações sobre a corrupção nas gestões públicas no Brasil. A situação também pode impactar a imagem do partido do prefeito, o MDB, em um momento em que a confiança nas instituições públicas é cada vez mais questionada. A PF continua a investigar as ligações entre os envolvidos e o alcance dos desvios identificados.
