A Comissão Europeia apresenta nesta quarta-feira, 3 de setembro, o acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul, após 25 anos de negociações. O pacto prevê cortes tarifários significativos, com o Mercosul eliminando tributos sobre 91% das exportações da UE e a UE reduzindo tarifas sobre 92% das exportações do bloco sul-americano. No entanto, a proposta enfrenta forte oposição de países como França, Itália e Polônia, que temem os impactos econômicos e ambientais do acordo.
Os defensores do acordo, incluindo Alemanha e Espanha, argumentam que ele é crucial para diversificar os laços comerciais da UE e reduzir a dependência da China em minerais essenciais. A Comissão Europeia destaca que o pacto é o maior já firmado em termos de reduções tarifárias, prometendo um alívio significativo às tarifas impostas pelos Estados Unidos. Contudo, críticos como a organização Friends of the Earth alertam que o aumento das importações pode levar ao desmatamento e comprometer os direitos humanos na região amazônica.
As preocupações levantadas por opositores do acordo incluem a possibilidade de que produtos agrícolas do Mercosul não atendam aos padrões de segurança alimentar da UE. Apesar das promessas de compromissos ambientais, grupos ecológicos afirmam que as medidas são insuficientes. O futuro do acordo agora depende da aprovação dos países membros da UE, que podem bloquear sua implementação se não forem garantidos os interesses da agricultura local.