Na quarta-feira, o presidente chinês Xi Jinping liderou um desfile militar em Pequim, celebrando o 80º aniversário da rendição do Japão na Segunda Guerra Mundial. O evento não apenas destacou a força militar da China, mas também reuniu líderes de países como Rússia, Irã e Coreia do Norte, formando um chamado ‘eixo de agitação’, em uma clara demonstração de poder direcionada ao Ocidente. Durante seu discurso, Xi enfatizou que a China não se intimida diante de ‘bully’ e que a humanidade enfrenta uma escolha entre paz ou guerra.
A presença dos líderes russos, iranianos e norte-coreanos no desfile sugere um fortalecimento das alianças antiocidentais e uma nova dinâmica nas relações internacionais. Especialistas afirmam que essa coalizão representa um conjunto de estados insatisfeitos que buscam desafiar as normas estabelecidas pelo sistema internacional liderado pelos EUA. O desfile também foi visto como uma oportunidade para a China mostrar sua modernização militar e reafirmar sua posição como potência global.
As implicações desse evento são significativas, pois sinalizam um alinhamento mais forte entre esses países em um contexto de crescente tensão com os Estados Unidos. A ausência de líderes ocidentais no desfile, em contraste com eventos anteriores, indica uma mudança nas relações diplomáticas e uma possível reconfiguração das alianças globais. A presença do líder norte-coreano Kim Jong Un, em particular, destaca a busca da Coreia do Norte por parcerias estratégicas, reforçando a ideia de que o país não precisa se alinhar com o Ocidente para garantir sua segurança.