Uma iniciativa em Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo, introduziu etiquetas traduzidas para o pomerano, resultando em um aumento de 80% na adesão ao tratamento entre os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). A médica Marcella Lima, com o apoio das enfermeiras da unidade, criou essas etiquetas para facilitar a compreensão das dosagens e recomendações médicas por parte dos moradores que se comunicam melhor nesse idioma. A mudança é significativa, especialmente para pacientes com comorbidades como hipertensão e diabetes, que frequentemente enfrentam riscos à saúde devido à falta de entendimento das orientações médicas.
A adesão ao tratamento, que antes era de apenas 30%, saltou para mais de 80% após a implementação das etiquetas. A paciente Amália, de 76 anos, é um exemplo do impacto positivo dessa iniciativa, pois agora consegue entender as instruções sobre seu medicamento para controle da hipertensão. O projeto não só melhora a saúde dos pacientes, mas também ressalta a importância da comunicação efetiva na assistência médica, especialmente em comunidades onde o pomerano é amplamente falado.
De acordo com Érico Sangiorgio, diretor-geral do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPI), essa abordagem simples demonstra como inovações na saúde podem superar barreiras culturais e linguísticas. O Espírito Santo é uma região culturalmente diversa, e iniciativas como essa são fundamentais para garantir que todos os cidadãos tenham acesso a cuidados adequados. A experiência em Santa Maria de Jetibá pode servir como modelo para outras localidades com desafios semelhantes.