O presidente do Governo da Espanha, Pedro Sánchez, defendeu publicamente a inocência de sua esposa, Begoña Gómez, que está sob investigação por cinco delitos graves, incluindo corrupção e tráfico de influências. Em meio a essa situação, Sánchez fez declarações controversas ao afirmar que há ‘juízes fazendo política’ em relação aos casos que envolvem sua família. Essas afirmações ecoam as estratégias de líderes populistas como Jair Bolsonaro e Benjamín Netanyahu, que também questionaram a imparcialidade do sistema judicial em momentos críticos.
A crítica de Sánchez à atuação dos juízes levanta preocupações sobre a integridade do sistema judicial e a separação dos poderes na Espanha. A independência judicial é um pilar fundamental da democracia, e as acusações de interferência política podem ter consequências graves para o Estado de Direito. A situação gerou um intenso debate público, com cidadãos divididos entre apoiar a defesa do presidente e criticar sua postura como uma tentativa de minar a justiça.
Esse episódio ressalta a delicada relação entre o poder político e o judiciário, especialmente em um contexto de crescente polarização política. As declarações de Sánchez não apenas provocam um debate necessário sobre a transparência no sistema judicial, mas também destacam os desafios éticos que surgem quando líderes políticos se opõem à independência do judiciário. A preservação da imparcialidade na administração da justiça é crucial para fortalecer a confiança nas instituições democráticas da Espanha.