A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta terça-feira (2/9) que respeita a decisão da federação União-PP de exigir que seus membros deixem os cargos no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em sua declaração, Gleisi destacou que aqueles que optarem por permanecer devem ter um compromisso claro com as pautas do governo, incluindo justiça tributária e a defesa da democracia. Ela também ressaltou que essa cobrança se aplica tanto a quem possui mandato quanto àqueles que indicam pessoas para cargos na administração pública.
Os presidentes do União, Antônio Rueda, e do PP, Ciro Nogueira, oficializaram a saída das siglas da base governista e orientaram os detentores de mandato a renunciarem a qualquer função no governo federal. Caso algum membro não cumpra essa determinação, há expectativa de punições por parte das siglas. Atualmente, o PP e o União têm representantes em ministérios importantes, como o Ministério do Esporte e o Turismo, o que levanta preocupações sobre a governabilidade e a continuidade das políticas públicas em tramitação no Congresso Nacional.
A situação se complica ainda mais com a presença de figuras como Arthur Lira, ex-presidente da Câmara dos Deputados, que visitou recentemente o ex-presidente Jair Bolsonaro. A pressão sobre os partidos pode resultar em um cenário político instável, afetando a capacidade do governo Lula de avançar em suas propostas legislativas. O desdobramento dessa crise política poderá influenciar diretamente a dinâmica no Congresso e a relação do governo com seus aliados.