O presidente Donald Trump declarou nesta terça-feira que pretende, em algum momento, enviar a Guarda Nacional para Chicago, com o objetivo de conter a violência na cidade. A afirmação foi feita durante uma coletiva no Salão Oval, onde Trump afirmou: “Estamos indo” e não especificou quando a ação ocorrerá. A declaração surge após dias de críticas direcionadas à liderança democrata de Chicago, que se opõe à intervenção federal.
A retórica de Trump intensificou-se nas redes sociais, onde descreveu Chicago como a “CAPITAL DO HOMICÍDIO DO MUNDO!” e afirmou que poderia resolver rapidamente o problema da criminalidade, citando os tiroteios do fim de semana do Dia do Trabalho, que resultaram em pelo menos oito mortes. O governador de Illinois, J.B. Pritzker, criticou a proposta e pediu ao governo federal que não interfira na cidade, destacando que Chicago não deseja tropas nas ruas.
A situação levanta questões sobre os limites da autoridade presidencial fora de Washington, D.C., onde Trump já enviou a Guarda Nacional anteriormente. Especialistas legais acreditam que a questão pode rapidamente ser levada aos tribunais se Trump decidir seguir em frente com o envio das tropas. Pritzker e o prefeito de Chicago, Brandon Johnson, reafirmaram sua oposição à medida em uma coletiva de imprensa conjunta, enfatizando que a cidade está em um caminho de redução da criminalidade, contradizendo a narrativa de Trump.