O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou uma série de provas no julgamento da tentativa de golpe contra o Supremo Tribunal Federal (STF), que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros réus. Em sua sustentação oral, Gonet destacou um clima de desconfiança em relação ao sistema eleitoral e mencionou planos concretos de assassinato e ações golpistas, que foram encontrados durante as investigações.
Gonet detalhou que o plano denominado “Punhal Verde Amarelo” foi reconhecido pelo general Mário Fernandes e previa o monitoramento e assassinato do ministro Alexandre de Moraes, além da eliminação do presidente Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin. O procurador também mencionou uma minuta golpista apresentada por Bolsonaro aos comandantes das Forças Armadas, que previa a anulação das eleições e a prisão de autoridades públicas.
As declarações de Gonet levantam sérias preocupações sobre a integridade do sistema democrático brasileiro e a utilização de instituições como a Polícia Rodoviária Federal para fins políticos. O desdobramento desse julgamento poderá impactar significativamente a política nacional e a confiança pública nas instituições democráticas.