A inflação da zona do euro teve uma leve aceleração em agosto, alcançando 2,1%, conforme dados divulgados pela Eurostat. Esse aumento, em comparação com os 2,0% registrados em julho, foi impulsionado principalmente pelos preços dos alimentos não processados e pela diminuição do impacto dos custos de energia. As expectativas do mercado agora reforçam a ideia de que as taxas de juros do Banco Central Europeu (BCE) permanecerão inalteradas no curto prazo.
O núcleo do índice de inflação, que exclui os preços voláteis de alimentos e combustíveis, manteve-se em 2,3%, ligeiramente acima da projeção de 2,2%. O BCE já havia previsto que a inflação oscilaria em torno da meta de 2% até o final do ano, com a inflação fraca de bens e a moderação nos preços de energia compensando o aumento robusto nos preços de alimentos e serviços. A próxima reunião do BCE está agendada para 11 de setembro, e a maioria dos economistas não espera mudanças na taxa de depósito de 2%.
Entretanto, o debate sobre a necessidade de mais afrouxamento monetário pode ganhar força no início de 2026, especialmente se o crescimento dos preços ficar temporariamente abaixo da meta. Isso levanta preocupações sobre a possibilidade de uma inflação muito baixa se enraizar, semelhante ao que ocorreu na década pré-pandemia. Assim, o cenário econômico na zona do euro continua a ser monitorado com atenção por analistas e investidores.