Entre os dias 26 e 29 de agosto, uma operação conjunta da Polícia Civil do Rio Grande do Sul e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) resultou na apreensão de três mil toneladas de sementes piratas, avaliadas em R$ 35 milhões. Esta ação, a maior já registrada no Brasil contra o mercado ilegal de sementes, abrangeu 14 municípios gaúchos, incluindo Cruz Alta, Santo Ângelo, São Luiz Gonzaga e Palmeira das Missões. Durante a operação, diversos produtores foram autuados por posse de defensivos ilegais ou armazenamento irregular, aumentando o risco de contaminação de grãos.
A operação também resultou na autuação de uma empresa que mantinha uma aeronave agrícola sem registro no Mapa, avaliada em R$ 1,5 milhão. A CropLife Brasil, entidade que representa empresas do setor agrícola, destacou em comunicado que apreensões como essa evidenciam um problema recorrente no país. Um estudo realizado pela entidade aponta que a pirataria de sementes de soja gera perdas anuais de até R$ 10 bilhões, com o Rio Grande do Sul sofrendo um prejuízo estimado em R$ 1,1 bilhão por ano.
A CropLife alerta que a ilicitude compromete não apenas a qualidade dos produtos agrícolas, mas também a cadeia produtiva e a inovação no setor. A operação ressalta a necessidade urgente de medidas mais eficazes para combater a pirataria de sementes e proteger a agricultura brasileira, essencial para a economia do país.