O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta terça-feira (2) o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de sete de seus aliados, acusados de integrar o “núcleo crucial” da suposta trama golpista de 2022. A denúncia foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em fevereiro e, após quase dois anos de apurações, o caso chega à fase final, onde os cinco ministros da Primeira Turma decidirão se condenam ou absolvem os réus. Bolsonaro e seus aliados negam qualquer crime.
O colegiado é composto pelos ministros Cristiano Zanin (presidente), Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Luiz Fux e Cármen Lúcia. Apenas Fux não teve seu visto suspenso pelos Estados Unidos, que impuseram sanções a outros ministros do STF. O julgamento está programado para ocorrer ao longo de duas semanas, com sessões extraordinárias até 12 de setembro, e incluirá a apresentação do relatório por Moraes, seguido pelas alegações da acusação e defesa.
Este julgamento ocorre em um contexto de forte pressão internacional, com os Estados Unidos sancionando Alexandre de Moraes por violações de direitos humanos. Além disso, investigações da Polícia Federal apontam tentativas de obstrução de Justiça por Jair e Eduardo Bolsonaro, que podem ter usado a revogação das sanções como moeda política para influenciar o resultado do julgamento. As implicações deste caso são significativas para a democracia brasileira e suas instituições.