Carlos Eduardo Nunes, de 44 anos, faleceu na noite de segunda-feira (1º) após permanecer em coma por cerca de dois meses, resultado de uma abordagem policial em Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre. O incidente ocorreu em 24 de junho, quando Nunes foi imobilizado com um mata-leão durante uma suposta tentativa de roubo. As imagens da abordagem mostram Nunes sendo arrastado desacordado em direção à viatura policial.
Segundo a Brigada Militar, Nunes apresentava sinais de surto no momento da abordagem. No entanto, sua família afirma que a imobilização resultou em asfixia e comprometeu sua função neurológica, levando à parada cardiorrespiratória. Apesar das alegações da família, inquéritos da Polícia Civil e da Corregedoria da Brigada Militar não encontraram relação entre a ação policial e a morte de Nunes, o que gerou indignação e pedidos por reabertura das investigações.
Com a morte de Nunes, sua família contratou um advogado para buscar justiça e reavaliar o caso. A data do velório e sepultamento ainda não foram divulgadas, mas ocorrerão no cemitério de Charqueadas. O caso levanta questões sobre a conduta policial e a necessidade de responsabilização em situações semelhantes, refletindo um contexto mais amplo de violência policial no Brasil.