Um juiz federal da Argentina proibiu, nesta segunda-feira (1°), a mídia de publicar gravações de áudio feitas dentro do palácio presidencial, supostamente da irmã do presidente Javier Milei, Karina Milei. O porta-voz do presidente, Manuel Adorni, anunciou a ordem judicial em redes sociais, alegando que a medida é necessária para combater uma operação de inteligência ilegal que visa desestabilizar o governo em um momento crítico, com as eleições se aproximando.
As gravações incluem conversas privadas que supostamente revelam um esquema de corrupção envolvendo a devolução de verbas pela Andis (Agência Nacional para a Deficiência). A investigação, conduzida sob sigilo pela Justiça Federal, foi desencadeada após uma reportagem do canal de streaming local Carnaval, que expôs diálogos entre Diego Spagnuolo, ex-diretor da Andis, e Karina Milei, levantando sérias questões sobre a integridade do governo Milei.
As implicações dessa proibição e das alegações de corrupção são significativas, especialmente com as eleições legislativas na província de Buenos Aires marcadas para o próximo domingo, 7 de setembro. A situação coloca em risco a imagem do presidente Milei, que se posiciona como um outsider disposto a romper com práticas corruptas na política. A pressão sobre o governo aumenta à medida que as investigações avançam e novas informações podem surgir nas próximas semanas.

