O Superior Tribunal de Justiça (STJ) irá julgar nesta terça-feira, 2 de setembro, um controverso processo envolvendo a Academia de Tênis de Brasília, um antigo complexo hoteleiro de luxo. A disputa judicial é entre a família Farani, herdeira do resort, e as empresas Attos Empreendimentos Imobiliários e HC Incorporadora, que contestam o cumprimento de um contrato de compra e venda assinado em julho de 2010. As empresas alegam que já pagaram quase R$ 300 milhões, enquanto a família afirma que ainda há uma dívida de R$ 176,4 milhões.
A Academia de Tênis, que já foi um polo cultural e turístico na capital federal, acumula dívidas desde sua fundação e passou a ser abandonada em 2010. O fundador, José Farani, enfrentou problemas legais por sonegação fiscal, e o local se deteriorou ao longo dos anos. Recentemente, no entanto, o imóvel ganhou nova valorização devido ao Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCub), que permite a construção de apart-hotéis na área.
O julgamento no STJ poderá determinar não apenas o destino financeiro da família Farani e das incorporadoras, mas também influenciar o futuro do terreno, que se tornou estratégico para novos empreendimentos na região. A decisão pode abrir caminho para a revitalização do espaço, que atualmente serve como abrigo para animais e mosquitos, mas que já foi um símbolo da hospitalidade em Brasília.