Cientistas propõem um novo conceito de telescópio retangular, com dimensões de um metro por 20 metros, que pode revolucionar a busca por planetas semelhantes à Terra. Publicado na revista Frontiers in Astronomy and Space Sciences, o estudo indica que essa inovação pode identificar até metade dos planetas em estrelas do tipo solar localizadas a até 30 anos-luz em menos de três anos de observações. A proposta surge como uma alternativa viável para superar os desafios atuais na detecção de exoplanetas, especialmente aqueles que possam abrigar água líquida e, potencialmente, vida.
A teoria óptica sugere que a resolução de um telescópio depende do seu tamanho e do comprimento da luz observada. O novo modelo, com a mesma área coletora do telescópio James Webb, promete separar o brilho das estrelas do dos planetas, facilitando a identificação de mundos habitáveis. Os pesquisadores acreditam que essa abordagem pode resultar na descoberta de cerca de 30 novos planetas promissores, caso se confirme a média de um planeta habitável por estrela.
Caso o telescópio retangular seja desenvolvido, o próximo passo seria analisar as atmosferas dos planetas identificados em busca de sinais de vida, como oxigênio gerado pela fotossíntese. Para os candidatos mais promissores, os cientistas sugerem até o envio de sondas para capturar imagens diretas da superfície. Essa inovação representa uma nova esperança na busca por uma “Terra 2.0”, ampliando as possibilidades de descobertas no campo da astrobiologia.

