O dólar subiu nesta segunda-feira, 1º de setembro, alcançando R$ 5,44, após ter encerrado agosto com perdas de 3,19% em relação ao real. O aumento foi impulsionado por um movimento de ajustes e realização de lucros, em meio a preocupações com o panorama fiscal do Brasil e o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). A baixa liquidez do mercado, devido ao feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, tornou a formação da taxa de câmbio mais sensível a operações pontuais.
O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026, que prevê um superávit primário de R$ 34,5 bilhões, também contribuiu para a cautela dos investidores. Economistas expressaram ceticismo quanto ao otimismo do governo em relação ao crescimento econômico e à arrecadação. Além disso, o julgamento de Bolsonaro pode impactar a percepção internacional sobre o Brasil, levando a possíveis reações do governo americano.
Os investidores aguardam dados do mercado de trabalho dos EUA que podem influenciar as decisões futuras do Federal Reserve. A expectativa é que o relatório mensal de empregos, previsto para ser divulgado na sexta-feira, 5, seja crucial para as projeções sobre cortes de juros. Com o cenário interno e externo em constante mudança, a volatilidade da moeda americana deve continuar sendo um tema central nas próximas semanas.