O padre Danilo César, da cidade de Areial, na Paraíba, enfrenta uma investigação por intolerância religiosa após fazer comentários controversos sobre a morte da cantora Preta Gil durante uma missa em 27 de julho. A Polícia Civil confirmou que solicitou a prorrogação do inquérito por mais 30 dias para ouvir testemunhas e aprofundar a investigação. Em sua homilia, o padre associou a fé de Preta Gil em religiões afro-indígenas à morte e sofrimento, o que gerou indignação e levou à denúncia pela Associação Cultural de Umbanda, Candomblé e Jurema Mãe Anália Maria.
O cantor Gilberto Gil, pai de Preta Gil, notificou o padre extrajudicialmente, exigindo uma retratação pública e formal através do canal da paróquia onde a missa foi transmitida. Ele também pediu a apuração e responsabilização eclesiástica do sacerdote, com medidas disciplinares a serem adotadas em um prazo de dez dias úteis. A Diocese de Campina Grande, responsável pela paróquia, ainda não se manifestou sobre as exigências feitas por Gilberto Gil ou sobre a situação do padre.
A fala do padre durante a missa foi considerada preconceituosa e gerou repercussão negativa nas redes sociais. A Associação Cultural de Umbanda, Candomblé e Jurema Mãe Anália Maria registrou boletins de ocorrência contra o padre, destacando a necessidade de respeito às diversas crenças religiosas. O desdobramento desse caso poderá impactar não apenas a carreira do padre, mas também as relações entre diferentes religiões na região.

