O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia na próxima terça-feira, 2 de setembro, o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete aliados, todos acusados de participação em uma trama golpista para reverter o resultado das eleições de 2022. Este julgamento é considerado histórico, pois pela primeira vez desde a redemocratização um ex-presidente da República e generais do Exército podem ser condenados por tentativa de golpe de Estado, quase dois anos e meio após os atos de 8 de janeiro de 2023.
Para garantir a segurança durante as sessões, o STF implementou um esquema especial que inclui restrições de circulação nos edifícios, varreduras com cães farejadores em busca de explosivos e monitoramento aéreo com drones. Além disso, a Corte abriu credenciamento para que cidadãos e advogados acompanhem o julgamento presencialmente, limitando o número de participantes a 1.200 devido à capacidade do espaço.
O cronograma prevê oito sessões de julgamento, com datas marcadas para os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro. Apesar da gravidade das acusações, a Corte esclareceu que uma eventual prisão dos réus em caso de condenação não será automática, o que levanta questões sobre as possíveis consequências jurídicas e políticas deste caso emblemático para o Brasil.