O aumento da temperatura global impacta diretamente a produção de leite e ovos no Brasil. O aquecimento altera o regime de chuvas, comprometendo a qualidade das pastagens, que são a principal fonte de alimento do gado. O estresse térmico resultante afeta a saúde e o desempenho produtivo dos animais, levando a uma diminuição na produção de leite e impactando toda a cadeia de derivados lácteos.
As galinhas também enfrentam desafios com as altas temperaturas, conforme explica a zootecnista Giseli Neri. Elas não têm capacidade de suar e suas penas retêm calor, resultando em queda na produtividade quando as temperaturas ultrapassam 27 graus Celsius. Isso não apenas reduz a quantidade de ovos, mas também compromete sua qualidade, afetando ainda mais a oferta desses produtos essenciais.
Além disso, o milho, principal alimento das galinhas, é uma cultura sensível ao calor e à falta de chuva. Safras prejudicadas elevam os custos de produção dos ovos, o que pode resultar em um aumento nos preços desses itens na cesta básica. A situação exige atenção redobrada, especialmente em um contexto de crescente preocupação com as mudanças climáticas.