O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus do núcleo 1 na ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022 começa nesta terça-feira (2) na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. Além de Bolsonaro, estão envolvidos o deputado federal Alexandre Ramagem, o almirante Almir Garnier Santos, o ex-ministro Anderson Torres, o general Augusto Heleno, o tenente-coronel Mauro Cid, o general Paulo Sérgio Nogueira e o general Walter Braga Netto. Todos respondem por crimes graves, como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e participação em organização criminosa armada.
O julgamento ocorrerá em cinco dias, com sessões extraordinárias marcadas para os dias 3, 9, 10 e 12 de setembro. As audiências não exigem a presença dos réus, e a segurança no tribunal será intensificada, com varreduras e monitoramento para evitar possíveis ameaças. A transmissão das sessões será feita pelos canais do YouTube da TV Justiça e do STF, permitindo que um grande número de jornalistas e cidadãos acompanhem o processo.
As defesas dos réus alegam violações processuais e questionam a credibilidade das provas apresentadas. Se condenados, os réus poderão recorrer da decisão, e a dosimetria das penas será definida conforme a gravidade dos crimes. O desfecho deste julgamento poderá ter implicações significativas para o cenário político brasileiro e para a imagem de Bolsonaro, que já enfrenta desafios legais desde sua saída do cargo.