O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o Brasil está bem posicionado para se tornar um parceiro estratégico na exploração de terras raras, minerais críticos para o desenvolvimento de tecnologias disruptivas. Em entrevista ao Canal Livre, da Band, neste domingo (31), ele enfatizou que “não vai faltar parceiro para o Brasil” e que o país busca agregar valor aos seus recursos, ao invés de exportá-los como commodities. Para isso, Haddad destacou a necessidade de um arcabouço legal que defina o trabalho do setor, atualmente em estudo pelo Ministério de Minas e Energia.
Questionado sobre o interesse dos Estados Unidos nos minerais brasileiros, o ministro ressaltou que o Brasil pretende “buscar parcerias” que envolvam a transferência de tecnologia. Ele observou que os EUA têm menos tecnologia para refinar esses materiais em comparação à China e indicou que o Brasil possui uma proximidade significativa com a Ásia. Além disso, Haddad reforçou a importância do andamento do acordo de livre comércio com a União Europeia, sinalizando uma estratégia mais ampla para reindustrializar o parque brasileiro.
A declaração de Haddad sugere um novo direcionamento nas relações comerciais do Brasil, especialmente no setor de minerais estratégicos. A busca por parcerias que priorizem a transferência de tecnologia pode não apenas fortalecer a indústria nacional, mas também posicionar o Brasil como um player importante no mercado global de terras raras. O ministro também insinuou que uma abordagem mais independente nas negociações pode ser mais benéfica para o país em comparação a um governo mais “entreguista”.

