China enfrenta excesso de shoppings enquanto EUA fecham centros comerciais

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Dalian, China — O setor de shoppings na China está passando por uma transformação significativa, com um aumento exponencial na construção de centros comerciais. Desde 2013, o número de shoppings no país dobrou, alcançando 6.700, enquanto nos Estados Unidos, um em cada seis shoppings fechou suas portas. Essa discrepância reflete não apenas a diferença nas dinâmicas de mercado, mas também a crescente pressão do comércio eletrônico sobre o varejo físico.

A Apple, por exemplo, fechou recentemente sua loja no shopping InTime City em Dalian, marcando a primeira vez que a gigante da tecnologia encerra uma operação na China. Este fechamento é emblemático das dificuldades enfrentadas por muitos shoppings chineses, que lutam para atrair clientes em um ambiente onde as compras online se tornam cada vez mais populares. O sistema tributário chinês, que favorece a construção de shoppings em detrimento de residências, contribui para essa saturação do mercado.

As implicações dessa situação são profundas, com uma divisão crescente entre shoppings bem-sucedidos e aqueles que não conseguem sobreviver. Enquanto Dalian apresenta um crescimento nas vendas no varejo de 7,4% no primeiro semestre deste ano, outros centros comerciais enfrentam crises financeiras e litigâncias. A realidade é que o setor de shoppings na China pode estar se aproximando de um ponto de inflexão, onde apenas os mais adaptáveis conseguirão prosperar.

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