O presidente Donald Trump anunciou no sábado que pretende assinar uma ordem executiva que exigirá identificação de eleitores para todas as eleições nos Estados Unidos. Em sua declaração na plataforma Truth Social, Trump afirmou que “a identificação do eleitor deve fazer parte de cada voto, sem exceções”. Essa proposta, que busca combater a suposta fraude eleitoral, provavelmente será contestada judicialmente, uma vez que a Constituição não confere ao presidente o poder de regular as eleições.
Atualmente, as leis de identificação de eleitores variam entre os estados, com muitos estados republicanos tornando suas regras mais rigorosas em resposta às alegações infundadas de Trump sobre fraudes. Embora 36 estados exijam identificação no momento da votação, a aplicação dessas leis pode ser desigual, afetando desproporcionalmente eleitores de cor, idosos e estudantes. Pesquisas indicam que cidadãos de cor têm quase quatro vezes mais chances de não possuírem um documento de identidade emitido pelo governo em comparação aos cidadãos brancos.
A proposta de Trump segue uma ordem executiva anterior que exigia prova de cidadania para registro eleitoral, baseada em alegações falsas sobre a participação de estrangeiros nas eleições. Desde o anúncio da nova ordem, 19 estados processaram Trump, alegando que a medida é uma tentativa inconstitucional de controlar as eleições. Um juiz já concedeu uma liminar contra a ordem, afirmando que ela “viola a Constituição” e interfere na soberania dos estados para regular o processo eleitoral.