O Brasil alcançou em 2025 a menor área queimada desde o início da série histórica em 2017, conforme dados do Instituto Homem Pantaneiro (IHP). Fatores como um clima mais ameno e a implementação da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo têm sido cruciais para essa diminuição. Apesar dos avanços, especialistas alertam que o risco de incêndios florestais permanece elevado, especialmente nos meses críticos de agosto a outubro, quando a maioria das queimadas ocorre.
A situação atual é um reflexo das secas intensas que marcaram 2024, criando condições propícias para incêndios. O biólogo Sergio Barreto destaca que uma chuva torrencial extinguiu um incêndio iminente no Pantanal, evidenciando a importância das condições climáticas. Além disso, o trauma de incêndios passados tem levado à cautela entre os agricultores, resultando em uma redução natural no uso do fogo.
Embora o ano tenha sido relativamente tranquilo até agora, especialistas como Isabel Schmidt e Ane Alencar enfatizam que não há garantias em relação ao clima futuro. A Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, que promove a coordenação entre diferentes esferas da sociedade para o controle de incêndios, é um passo positivo, mas a eficácia das medidas implementadas só será totalmente visível nos próximos anos.