A Patrulha Maria da Penha da Polícia Militar do Rio de Janeiro tem se destacado no combate à violência doméstica, auxiliando mais de 100 mil mulheres desde sua criação há seis anos. O programa já realizou 881 prisões de agressores que descumpriram medidas protetivas, com a maioria das detenções ocorrendo em flagrante. Com dados alarmantes sobre agressões, especialmente aos finais de semana, a Patrulha busca evitar feminicídios e garantir a segurança das vítimas, que frequentemente são mulheres negras entre 30 e 49 anos.
Em parceria com o Tribunal de Justiça, Ministério Público e Defensoria Pública, a Patrulha Maria da Penha monitora o cumprimento das medidas protetivas e realiza visitas periódicas às vítimas. O atendimento é feito por policiais especializados, que oferecem um ambiente acolhedor e seguro, fundamental para as mulheres que vivem sob constante ameaça. Um exemplo é o caso de uma professora de 44 anos que, após receber uma medida protetiva, passou a contar com o acompanhamento constante dos policiais, ajudando-a a lidar com as sequelas do trauma.
Com um aumento significativo nas denúncias de violência contra a mulher, que ocupam o segundo lugar nas chamadas recebidas pelo 190, o programa se torna cada vez mais essencial. A presença de salas lilases nos batalhões proporciona um espaço exclusivo para acolhimento das mulheres em situação de vulnerabilidade. A conscientização e o apoio da sociedade são cruciais para ampliar o alcance dessas ações e garantir que as vítimas encontrem o suporte necessário para romper o ciclo de agressões e retomar o controle de suas vidas, especialmente durante o Agosto Lilás, um compromisso coletivo na luta contra a violência de gênero.

