O Comitê Ministerial Árabe-Islâmico sobre Gaza expressou sua indignação em relação à decisão do Departamento de Estado dos EUA de negar vistos à delegação palestina para a Assembleia Geral da ONU, que ocorrerá em 9 de setembro. A Turquia, que integra o comitê, classificou essa medida como injusta e prejudicial à diplomacia, solicitando que o governo norte-americano reconsidere sua posição. O comitê enfatiza que essa ação pode colapsar os esforços pela paz na Palestina e pede apoio internacional à Autoridade Nacional Palestina e seu presidente, Mahmoud Abbas.
O comunicado do Ministério das Relações Exteriores turco ressalta a necessidade de garantir condições para o diálogo e a diplomacia, além de reafirmar o compromisso da Autoridade Nacional Palestina com a paz. A Palestina já havia solicitado aos EUA que revisassem as restrições de visto, argumentando que elas violam o direito internacional e o acordo da sede da ONU, que obriga os EUA a conceder vistos a todos os representantes convidados para sessões da ONU.
A situação é ainda mais complexa considerando que a Palestina foi reconhecida por 147 países, incluindo a Rússia, e que os EUA vetaram sua candidatura à adesão plena à ONU em 2024. A Rússia reiterou que uma solução para o conflito palestino-israelense deve ser baseada em decisões do Conselho de Segurança da ONU e requer a criação de um Estado palestino nas fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como capital.

