Na última quinta-feira, o Banco Central do Brasil anunciou uma atualização significativa no sistema de devolução de fraudes relacionadas ao Pix, um meio de pagamento amplamente utilizado no país. A nova medida permitirá que os bancos identifiquem os caminhos dos recursos desviados e realizem a devolução em até 11 dias após a contestação, oferecendo maior proteção aos usuários que se tornam vítimas de golpes. Com aproximadamente 400 mil fraudes registradas mensalmente, essa mudança é crucial para melhorar a segurança e a confiança no sistema financeiro digital brasileiro.
O ataque hacker recente a uma empresa que conecta bancos ao sistema do Banco Central evidenciou a vulnerabilidade do Pix, embora não tenha havido vazamento de dados pessoais. A atualização do Banco Central exige que os bancos implementem um botão específico na área do Pix para facilitar a comunicação sobre fraudes. Essa nova funcionalidade estará disponível para as instituições financeiras a partir de 23 de novembro e será obrigatória a partir de 2 de fevereiro de 2026.
Para solicitar a devolução dos valores, os usuários devem registrar o pedido na instituição financeira em até 80 dias após a transação fraudulenta. O processo inclui a avaliação do caso pela instituição, que pode bloquear os recursos na conta do recebedor do Pix. Se confirmado o golpe, o dinheiro será devolvido em até 96 horas, dependendo da disponibilidade na conta do fraudador, com múltiplos bloqueios ou devoluções parciais se necessário.