O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), declarou que, se vier a ser presidente da República, seu primeiro ato será conceder um indulto ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em entrevista ao Diário do Grande ABC, publicada nesta sexta-feira, 29, Tarcísio afirmou: “Na hora. Primeiro ato. Porque eu acho que tudo isso que está acontecendo é absolutamente desarrazoado”. Apesar da declaração, ele reiterou que não tem intenção de se candidatar à presidência em 2026, lembrando que a história recente não favorece governadores de São Paulo nesse contexto.
Tarcísio também expressou sua desconfiança em relação à Justiça e questionou os elementos que sustentam a condenação de Bolsonaro, que será julgado por tentativa de golpe no Supremo Tribunal Federal (STF) na próxima terça-feira. Ele defendeu a anistia para aqueles condenados por tentativas de golpe e enfatizou a importância do Congresso na construção de uma solução política, citando precedentes históricos no Brasil. O governador ainda cobrou do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pauta da anistia, ressaltando que essa decisão deve ser submetida ao plenário sem interferências de outros poderes.
As declarações de Tarcísio refletem um cenário político tenso e polarizado no Brasil, onde a figura de Bolsonaro continua a gerar divisões. A proposta de indulto e anistia pode ter implicações significativas nas relações políticas e na percepção pública sobre a Justiça no país. O governador busca posicionar-se como um mediador em um momento crítico, mas sua postura pode atrair tanto apoio quanto críticas em um ambiente eleitoral cada vez mais acirrado.