Marla-Svenja Liebich, uma figura conhecida da extrema-direita alemã, começou a cumprir pena em um presídio feminino na Alemanha após mudar legalmente de gênero. Condenada em 2023 a um ano e seis meses de prisão por incitação ao ódio racial, sua transferência para uma prisão feminina gerou um intenso debate sobre a nova Lei de Autodeterminação, que permite a mudança de gênero sem a necessidade de laudos médicos ou tratamentos hormonais.
A Lei de Autodeterminação, em vigor desde 2024, foi aprovada com apoio de partidos progressistas e criticada por conservadores. Liebich, que antes se identificava como homem e era conhecida por sua militância neonazista, agora enfrenta críticas por sua mudança de gênero e por solicitar dieta kosher na prisão, o que foi considerado uma zombaria por líderes religiosos. O caso levanta questões sobre a segurança de outras detentas e possíveis abusos da legislação, enquanto conservadores pressionam por mudanças nas leis relacionadas ao gênero.
As autoridades alemãs estão preocupadas com o impacto da situação no sistema prisional e na segurança das detentas. O Departamento Prisional de Chemnitz afirmou que todas as internas passam por avaliações antes de serem alocadas, mas o histórico extremista de Liebich gera apreensão. Com o aumento dos crimes de ódio contra pessoas LGBTQIA+ nos últimos anos, o caso pode ser utilizado por grupos de extrema-direita como ferramenta de propaganda.