O governo brasileiro anunciou um rombo de R$ 23,3 bilhões nas contas públicas para o ano de 2026, conforme os dados do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) enviados ao Congresso em 29 de agosto. O resultado primário, que exclui o pagamento de dívidas reconhecidas pela Justiça, apresenta um superávit aparente de R$ 34,5 bilhões após o abatimento de R$ 57,8 bilhões em despesas com precatórios. No entanto, essa abordagem levanta questões sobre a real saúde fiscal do país, uma vez que as despesas com precatórios impactam diretamente a dívida pública, um indicador crucial para investidores e analistas. Para garantir a estabilização da dívida, o Brasil precisará manter superávits primários recorrentes de 2,5% do PIB nos próximos anos, o que pode ser um desafio diante da atual situação econômica.

