Obesidade infantil no Brasil triplica em 20 anos, alerta OMS

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

A obesidade infantil no Brasil se tornou um problema alarmante, com um aumento significativo nos últimos 20 anos. Dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) mostram que, em 2023, 14,2% das crianças com menos de cinco anos estavam com excesso de peso ou obesidade, um crescimento notável em comparação com as décadas de 1980 e 1990, quando esse índice era de apenas 5%. Entre os adolescentes, a situação é igualmente preocupante: um em cada três jovens brasileiros apresenta sobrepeso, com aproximadamente 1,4 milhão enfrentando obesidade grave em 2022.

As regiões Sul e Sudeste do Brasil destacam-se com os maiores índices de obesidade entre adolescentes, atingindo 13,13% e 11,48%, respectivamente. O problema é multifatorial, envolvendo dietas inadequadas, sedentarismo e influências genéticas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que, se não forem adotadas medidas eficazes, a obesidade pode afetar metade da população mundial até 2035, o que torna urgente a necessidade de intervenções para reverter essa tendência.

A obesidade não é apenas uma questão estética; ela acarreta sérios riscos à saúde, como hipertensão e diabetes tipo 2. Estudos indicam que crianças obesas têm uma probabilidade significativamente maior de se tornarem adolescentes e adultos obesos. Portanto, é crucial que famílias e autoridades de saúde se mobilizem para implementar estratégias de prevenção e tratamento adequados para enfrentar essa epidemia crescente.

Compartilhe esta notícia