A família da idosa indígena Josefa Wakrodi Xerente, de 78 anos, manifestou sua indignação após receber o corpo em um caixão que continha lixo, como ataduras e plástico bolha. A entrega ocorreu na aldeia Salto Kripre, localizada a 12 km de Tocantínia, Tocantins, no dia 28 de agosto de 2025, data em que Josefa faleceu. Segundo o genro da idosa, o professor Valci Sinã, o caixão estava lacrado e a situação só foi descoberta quando a família se preparava para o enterro.
Josefa morreu devido a pneumonia e insuficiência respiratória, conforme atestado no documento de óbito. O corpo foi transportado pela funerária responsável sem o devido cuidado, resultando na indignação da família ao encontrar resíduos indesejados junto ao corpo. Valci Sinã criticou a negligência da empresa que presta serviços ao Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), enfatizando a importância do respeito e dignidade no tratamento dos corpos.
A situação levanta questões sobre o tratamento dispensado aos povos indígenas e a responsabilidade das instituições envolvidas. A reportagem do g1 tentou contato com a funerária e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) para esclarecimentos, mas não obteve resposta até a publicação. O caso destaca a necessidade urgente de melhorias nos serviços funerários prestados às comunidades indígenas.