Faixa da Atlética da Medicina da USP provoca protestos por racismo

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Uma faixa exposta pela Atlética da Faculdade de Medicina da USP, localizada em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, gerou polêmica e protestos nesta semana. O cartaz, que apresentava uma caveira pisando sobre um indígena rendido, ao lado de figuras de um urso e uma serpente, foi considerado ofensivo por estudantes indígenas, que acusaram a representação de ser racista e violenta. A frase “Pela caveira eu dou a minha vida” acompanhava a imagem, intensificando as críticas.

O movimento Levante Indígena, composto por estudantes da universidade, rasgou a faixa em um ato de repúdio e destacou que a representação atualiza os 525 anos de violência colonial contra os povos indígenas. Em nota, o grupo exigiu uma retratação pública das atléticas e criticou o uso de elementos da cultura indígena como mascotes. A Atlética, por sua vez, alegou que não teve a intenção de endossar o racismo e que a faixa fazia referência à competição esportiva Intermed, mas reconheceu a falta de sensibilidade na escolha dos símbolos.

A direção da Faculdade de Medicina da USP pediu a retirada imediata da faixa e afirmou que não compactua com manifestações de violência ou discriminação. A situação levanta questões importantes sobre o respeito à cultura indígena e a necessidade de promover o letramento racial dentro das instituições acadêmicas. O Portal iG tentou contato com a Atlética para mais esclarecimentos, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.

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