Os Houthis do Iêmen anunciaram a morte do primeiro-ministro Ahmed al-Rahawi e de vários ministros em um ataque aéreo realizado por Israel durante uma conferência de rotina em Sanaa. A presidência do governo rebelde divulgou a informação em um comunicado transmitido pela televisão controlada pelo grupo, sem que Israel tenha se pronunciado imediatamente sobre o incidente. O ataque ocorre após dias de tensões, com os militares israelenses visando líderes Houthi em resposta ao disparo de mísseis que continham novas submunições de fragmentação.
No último domingo (24), Israel já havia realizado ataques contra a sede do governo do Iêmen, como retaliação aos mísseis Houthis disparados contra seu território. De acordo com relatos da mídia local, esses ataques resultaram na morte de duas pessoas e ferimentos em outras cinco na capital iemenita. Os Houthis, que têm atacado navios no Mar Vermelho em apoio aos palestinos, estão inseridos em uma aliança regional apoiada pelo Irã, mas enfrentam um cenário de crescente vulnerabilidade devido aos ataques israelenses.
A morte de al-Rahawi pode ter implicações significativas para a dinâmica do conflito no Iêmen e para a aliança Houthi, já debilitada por ações militares israelenses. A escalada das hostilidades entre Israel e os Houthis pode resultar em um aumento da violência na região, afetando não apenas o Iêmen, mas também as relações entre potências do Oriente Médio. A situação permanece tensa, com a possibilidade de novos confrontos à medida que ambos os lados respondem a provocadores.