Uma nova taxa de visto de US$ 250, que será implementada em 1º de outubro, pode pressionar o setor de turismo nos Estados Unidos. Essa medida afeta viajantes de países sem isenção de visto, como Brasil e México, elevando o custo total do visto americano para US$ 442, um dos mais altos globalmente. Dados da US Travel Association indicam que as chegadas internacionais aos EUA caíram 3,1% em julho, marcando o quinto mês consecutivo de retração, o que contrasta com as expectativas de recuperação do turismo até 2025.
Além do aumento da taxa, o governo dos EUA propôs restrições adicionais aos vistos para estudantes e visitantes de intercâmbio cultural, criando um período fixo para os vistos “F” e “J”. Também foi anunciado um programa piloto que poderá exigir fianças de até US$ 15.000 para alguns vistos de turismo e negócios. Essas medidas visam coibir a permanência irregular de visitantes e refletem um endurecimento nas políticas de imigração que podem desestimular turistas, especialmente da América Central e do Sul, que vinham apresentando crescimento positivo.
As implicações dessas novas taxas e regulamentações são significativas, pois podem reduzir ainda mais o apelo dos EUA como destino turístico. Com eventos importantes como a Copa do Mundo de 2026 e as Olimpíadas de Los Angeles em 2028 se aproximando, a queda no número de visitantes pode impactar a economia local e a percepção internacional sobre a hospitalidade americana. Especialistas alertam que, para muitos viajantes, esse aumento no custo será apenas mais um obstáculo em uma viagem já dispendiosa.

