Desde o primeiro mandato de Donald Trump, os Estados Unidos têm experimentado uma mudança significativa em sua postura econômica, caracterizada pela revisão de acordos comerciais e pela ênfase em negociações bilaterais. Especialistas consultados pelo Poder360 alertam que essa tendência de protecionismo deve se aprofundar, com o uso de tarifas como instrumento de pressão geopolítica, dificultando um retorno ao liberalismo que predominou no século 20.
A adoção de tarifas e barreiras comerciais pela Casa Branca visa forçar parceiros a renegociar termos, criando um ambiente de incerteza nas cadeias globais de valor. Economistas como Thiago Velloso e André Mirsky destacam que essa nova abordagem representa um ‘novo normal’, onde a globalização é condicionada a critérios geopolíticos, especialmente nas áreas de tecnologia, energia e defesa.
As implicações dessa mudança são profundas, pois sinalizam uma reconfiguração da posição dos EUA no comércio internacional, priorizando a segurança nacional e empregos internos em detrimento da abertura comercial. Essa estratégia pode alterar significativamente as dinâmicas do comércio global e a liderança americana nas próximas décadas.