O ex-padre Fábio Amaro, que atuou em diversas paróquias no Acre, foi inocentado das acusações de estupro por falta de provas, segundo decisão da 2ª Vara da Infância e Juventude da Comarca de Rio Branco. O julgamento ocorreu após quase dois anos de tramitação judicial, e a defesa argumentou que não havia evidências suficientes para sustentar a acusação. A vítima, que denunciou o ex-padre em 2023, expressou sua indignação com a absolvição e anunciou que recorrerá da decisão, afirmando que existem provas que podem levar à condenação de Fábio Amaro.
O caso remonta a alegações de abusos ocorridos entre 2008 e 2009, quando a vítima tinha entre 15 e 16 anos. Apesar de ter sido indiciado pela Polícia Civil e denunciado pelo Ministério Público do Acre, o ex-padre negou conhecer as vítimas e afirmou desconhecer um acordo feito com a Diocese. A defesa sustentou que a palavra da vítima, embora importante, não foi corroborada por outras evidências, levando à conclusão do juiz sobre a insuficiência de provas.
A Diocese de Rio Branco afirmou que tomou conhecimento das denúncias e exigiu a renúncia do padre após confrontá-lo sobre os crimes. O bispo Dom Joaquín Pertiñez explicou que as vítimas foram orientadas a formalizar suas denúncias, mas optaram por não seguir adiante na época. A absolvição de Fábio Amaro levanta questões sobre a eficácia do sistema judicial em casos de abuso sexual e a necessidade de apoio às vítimas para que suas vozes sejam ouvidas.