Um estudo recente aponta que um em cada três adolescentes entre 10 e 19 anos no Vale do Paraíba apresenta excesso de peso, refletindo um aumento preocupante de 7,3% nos últimos dez anos. Em 2014, a taxa era de 26,9%, e em 2024, saltou para 34,2%, afetando cerca de 35 mil jovens na região. Especialistas alertam que essa tendência está associada ao consumo elevado de alimentos ultraprocessados e pode resultar em doenças graves como diabetes e problemas cardíacos.
O levantamento realizado pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do SUS (SISVAN) revela que das 46 cidades da região, apenas três não apresentaram aumento nos índices de obesidade infantil. Potim se destaca como a cidade com o maior percentual de jovens acima do peso, atingindo 39%, enquanto Cunha apresentou um aumento drástico, passando de 6,7% para 37,8% em uma década. Apesar de Piquete ter o menor percentual na região, com 28,2%, a situação ainda é alarmante e requer atenção.
Diante desse cenário, a urgência para a implementação de políticas públicas voltadas à promoção de hábitos alimentares saudáveis se torna evidente. O aumento da obesidade infantil não apenas compromete a saúde dos jovens, mas também representa um desafio significativo para o sistema de saúde pública do Brasil. A conscientização sobre alimentação saudável e a redução do consumo de produtos ultraprocessados são essenciais para reverter essa tendência preocupante.

