O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, porte ilegal de arma e ameaça após matar o gari Laudemir de Souza Fernandes em Belo Horizonte, em agosto. Segundo a Polícia Civil, Renê tinha um fascínio por armas e sua esposa, a delegada Ana Paula Nogueira, sabia que ele utilizava suas armas com frequência. Imagens encontradas em celulares indicam que ele compartilhava conteúdos relacionados ao uso de armas, evidenciando um comportamento preocupante.
O crime ocorreu quando Renê se irritou com um caminhão de coleta de lixo que bloqueava a rua e disparou contra Laudemir, que não sobreviveu aos ferimentos. O inquérito concluiu que o empresário demonstrava um senso de poder ao manusear armas e estava mais preocupado com sua pressa do que com o trabalho dos garis. Ana Paula também foi indiciada por porte ilegal de arma por ter emprestado uma arma ao marido, e o Ministério Público avaliará o caso para eventual denúncia à Justiça.
Após a prisão de Renê, a filha de Laudemir entrou com uma ação judicial pedindo indenização por danos morais e pensão alimentícia. O caso destaca a necessidade de justiça e segurança na sociedade, levantando preocupações sobre a responsabilidade das autoridades em situações que envolvem o uso indevido de armas. A população clama por medidas que evitem tragédias semelhantes no futuro.