Reag Investimentos é alvo de operação da PF por ligação com PCC e Eike Batista

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

A Reag Investimentos, uma das principais gestoras de fundos da Faria Lima, foi alvo de uma megaoperação deflagrada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) e pela Polícia Federal (PF) na última quinta-feira, 28 de agosto. A investigação busca desmantelar um esquema bilionário de lavagem de dinheiro que conecta o Primeiro Comando da Capital (PCC) a empresários, incluindo Eike Batista, que teria utilizado a Reag para ocultar ativos. Além disso, a Reag administra fundos que supostamente escondem recursos de empresas ligadas a fraudes fiscais e ao crime organizado.

Os detalhes da operação revelam que a Reag gerencia cerca de R$ 299 bilhões e está sob suspeita de facilitar a ocultação de patrimônio de figuras como Eike Batista e outros empresários envolvidos em escândalos financeiros. A investigação aponta que os fundos administrados pela Reag foram utilizados para criar camadas que dificultam a identificação dos beneficiários finais, levantando sérias preocupações sobre a transparência e a legalidade das operações financeiras na Faria Lima. O caso também envolve a Arena Corinthians, onde a Reag atua como gestora do Fundo SCCP.

As implicações dessa operação são vastas, podendo impactar não apenas as empresas diretamente envolvidas, mas também o mercado financeiro como um todo. A relação entre o crime organizado e o setor financeiro levanta questões cruciais sobre a regulamentação e a supervisão das instituições financeiras no Brasil. Além disso, a repercussão da operação pode afetar a imagem pública dos clubes esportivos envolvidos, como o Corinthians, que já enfrenta críticas sobre sua gestão financeira.

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