Oposição articula convocação de Frei Chico na CPMI do INSS

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) iniciou suas atividades com as primeiras oitivas nesta semana. Apesar de diversos requerimentos analisados, a convocação de José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico e irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não foi incluída na lista inicial de convocados. Frei Chico, que é vice-presidente do Sindnap (Sindicato Nacional dos Aposentados da Força Sindical), está sob suspeita de envolvimento em fraudes contra aposentados e pensionistas.

A oposição não se dá por vencida e busca estratégias para convocar Frei Chico, considerando seu depoimento essencial para potencialmente desgastar a imagem do governo. Ao menos 12 requerimentos foram protocolados na CPMI, solicitando não apenas sua convocação, mas também a quebra de sigilo bancário e fiscal, além de um relatório de inteligência financeira do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). Marcel Van Hattem (Novo-RS) destacou que a oposição defenderá a convocação de Frei Chico nas próximas deliberações.

No início dos trabalhos, a CPMI aprovou requerimentos para ouvir nomes de destaque, como ex-presidentes do INSS e ex-ministros, mas Frei Chico ficou de fora por não ser presidente da associação. A pressão sobre a CPMI deve intensificar-se à medida que novos requerimentos forem discutidos, refletindo a crescente tensão política em torno das investigações e suas implicações para o governo Lula.

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