A Polícia Federal (PF) deflagrou a operação ‘Tank’ em Curitiba, Paraná, para investigar o uso de 50 postos de combustíveis pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) como um esquema de lavagem de dinheiro. O inquérito revelou que os postos recebiam, em média, 2 mil depósitos diários, com picos que chegaram a 12 mil em determinados meses, todos realizados em dinheiro vivo. A operação identificou uma movimentação total de R$ 23 bilhões nas contas dos investigados, revelando uma complexa rede financeira ligada ao crime organizado.
Os investigadores descobriram que uma transportadora de valores foi contratada para transportar malotes de dinheiro até uma fintech recém-criada pelo grupo criminoso. Essa estratégia visava criar “contas inteligentes” para evitar rastreamento digital das transações. O esquema foi associado a Daniel Lopes e Mohamad Hussein Mourad, líderes do PCC, que foram alvos de mandados de prisão durante a operação, mas conseguiram fugir antes da chegada da polícia.
A PF agora investiga um possível vazamento de informações que permitiu a fuga dos suspeitos. A operação ‘Tank’ é parte de um esforço maior da PF para desmantelar redes de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas associadas ao PCC, refletindo a crescente preocupação com a atuação do crime organizado no Brasil. A CNN Brasil não conseguiu contato com os advogados dos foragidos.