Ana Maria Gonçalves, renomada autora de ‘Um Defeito de Cor’, foi eleita em julho como a primeira mulher negra a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras (ABL). Sua escolha é vista como um marco importante para a inclusão e representa uma missão de abrir espaço para novas vozes na literatura brasileira. Em Brasília, durante o programa cultural Sempre Um Papo, Ana Maria destacou a responsabilidade que sente ao assumir o posto e a necessidade de diversidade na ABL, afirmando que a falta de representatividade afasta o povo da instituição que guarda a língua brasileira.
Em sua conversa com o escritor Valter Hugo Mãe, Ana Maria abordou a importância de ampliar a representatividade dentro da ABL, mencionando que sua missão é garantir que não seja a única mulher negra na Academia. Ela ressaltou que é fundamental incluir mais mulheres, indígenas e pessoas negras nesse espaço. Valter Hugo Mãe apoiou essa visão, afirmando que a presença de Ana Maria representa um mundo de leitores que até então não estava representado na ABL.
Além disso, Ana Maria expressou seu desejo de ver sua obra mais famosa, ‘Um Defeito de Cor’, adaptada para o audiovisual. Com os direitos de adaptação anteriormente com o grupo Globo, ela agora busca novas formas de contar sua história, acreditando que o formato audiovisual pode alcançar um público mais amplo. Essa iniciativa também faz parte de sua missão de promover a diversidade e a inclusão na cultura brasileira.